O HPV, a famosa abreviação de Papilomavírus Humano, é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns no mundo. Em uma série de boletins sobre a doença, a Fundação do Câncer destaca que o vírus é responsável por quase 5% do total de casos de câncer no mundo, ou seja, aproximadamente 690 mil novos casos de câncer relacionados ao HPV anualmente.
Além do câncer de colo de útero, este vírus também está associado ao desenvolvimento de uma parcela de tumores de orofaringe, ânus, vulva, vagina e pênis. Nesses casos, a vacinação contra o HPV é uma medida de prevenção e especialmente eficaz quando ocorre antes do início da vida sexual.
Vacinação abaixo da meta
O recurso está disponível no Serviço de Saúde Pública para meninos e meninas, entre 9 e 14 anos, com duas doses administradas num intervalo de seis meses.
Mas de acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados pela imprensa em 2023, a cobertura vacinal é desigual entre os gêneros e está longe de alcançar a imunização completa com a segunda dose. Entre meninas, em 2023, o dado era de 76,3% para a primeira dose e de 57,7% para a segunda dose. Já entre os meninos, a cobertura estava abaixo de 50% nas duas doses: 42,2% na primeira e 27,4% na segunda dose.
Conheça a animação “Amor em tempos de HPV”, produzida pelo Programa de Oncobiologia em 2009 e que já alcançou mais de 60 mil visualizações. O vídeo tem uma versão com audiodescrição.
Testagem de alto desempenho
A testagem de alto desempenho do HPV na população foi recentemente objeto de uma consulta pública. A ideia, apoiada por profissionais da saúde e pesquisadores, é uma testagem molecular de maior precisão e escala. Estima-se antecipar em até dez anos diagnóstico de câncer de colo do útero. O procedimento ainda está em consulta para a implementação pelo SUS.