top of page

Pesquisadora de Israel marca retorno presencial do Seminário de Oncobiologia


Auditório Marcos Moraes volta ser palco do Seminário de Oncobiologia na UFRJ


Após dois anos sem realizar eventos presenciais devido à pandemia de Covid-19, o Programa de Oncobiologia retomou a apresentação dos Seminários de Oncobiologia no Auditório Marcos Moraes, no Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFRJ, na última terça-feira (26|04). Para celebrar a data, uma palestrante internacional foi convidada a proferir uma conferência.


"A ideia é que façamos um retorno gradual aos encontros presenciais, muito necessário para que o espírito colaborativo do Programa de Oncobiologia seja retomado com força total !" - observou Robson Monteiro (IBqM| UFRJ), coordenador do Programa de Oncobiologia, afirmando que neste primeiro momento irá intercalar OncoWebinarios, transmitidos pela internet, com sessões de Seminários presenciais na UFRJ.


A conferência de reabertura dos Seminários presenciais foi proferida pela pesquisadora israelense Dra. Ruty Mehrian Shai, do Sheba Medical Institute. Especialista no estudo do câncer cerebral pediátrico (meduloblastoma), a Dra. Shai veio ao Brasil à convite do grupo do Prof. Vivaldo Moura Neto, coordenador de pesquisa do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IECPN).



Pesquisadores do Programa de Oncobiologia se reuniram na "volta" ao presencial: Prof. Robson Monteiro (à esquerda), Dra Ruty Shai (centro) e Prof. Vivaldo Moura Neto (à direita).



Em busca da cura para o câncer no cérebro pediátrico


O câncer é a segunda causa de morte em crianças no mundo e o meduloblastoma é um dos tumores no cérebro mais comuns e malignos nesta faixa etária. Na palestra intitulada " Novel Companion Diagnostics and Antitumor Targets for Pediatric Brain Cancer”, a pesquisadora de Israel apresentou estratégias de ponta desenvolvidas por seu grupo para desenvolver melhores tratamentos para combater o câncer de cérebro em crianças.


A descoberta de biomarcadores capazes de identificar a presença de moléculas de origem tumoral em amostras de sangue de pacientes analisados por biopsia liquida - antes mesmo da célula com câncer ser identificada pela ressonância magnética nuclear (MRI) - configura-se entre uma das novidades de sua pesquisa, por conseguir prever quadros de metástase antes destes serem revelados por exame de imagem.




Dra. Ruty Shai (Sheba Medical Center - Israel)


A Dra. Shai se formou em Biologia e obteve seu mestrado e doutorado pela Universidade Hebraica - Hadassah Medical School, no Departamento de Imunologia. Seu trabalho de pós-graduação foi feito na Universidade do Sul da Califórnia (USC). Posteriormente fez pós-doutorado na University of California Los Angeles (UCLA).


Durante seu estágio de pós-doutorado, ela participou do programa de genética médicada UCLA/Cedars Sinai. Mais tarde, ela participou do treinamento USC/Norris Comprehensive Cancer Center: Cancer Clinical Trials Design and Statistical Considerations.


O foco da pesquisa da Dra. Ruty Shai está na determinação de genes envolvidos na patogênese do câncer cerebral, descoberta de vias moleculares e potencialmente novos alvos terapêuticos para diagnóstico de base molecular, prognóstico e administração de tratamento. A Dr. Shai também possui a certificação da GCP para projetar, conduzir e gerenciar ensaios clínicos.


Depois de servir 4 anos como professora assistente na USC, ela voltou para Israel e ingressou no laboratório de pesquisa molecular de câncer cerebral no Departamento de Hemato-oncologia Pediátrica do Sheba Medical Center. A Dra. Shai incorpora tecnologias de ponta em seu trabalho para desenvolver novos medicamentos e aplicá-los à pesquisa translacional do câncer cerebral.


Sua descoberta mais recente é um novo tratamento que reativa o mecanismo de automutilação nas células cancerígenas do cérebro. Ela também descobriu dois novos alvos terapêuticos para dois subgrupos de pacientes com câncer cerebral pediátrico (meduloblastoma) com prognóstico ruim para os quais estudos pré-clínicos mostram resultados promissores.


Por Lúcia Beatriz Torres, jornalista de Ciência, Núcleo de Divulgação do Programa de Oncobiologia, com a colaboração de Verônica Aran Ponte.

bottom of page