Olá, neste 8 de março, dia Internacional da Mulher, gostaria de conversar um pouco sobre nós, as mulheres e a ciência do câncer.
Sou Gabriela Nestal de Moraes, vice-chefe do Programa de Oncobiologia. Somos 34 mulheres liderando grupos de pesquisas no Programa de Oncobiologia, ou seja, 60% entre todas as lideranças científicas do Programa.
Representamos dez instituições do Rio de Janeiro em pesquisas de excelência no combate ao câncer. Essa rede de mulheres cientistas já têm, individualmente, uma trajetória inspiradora, e juntas, alcançamos números poderosos: reunimos mais de 2 mil artigos publicados com quase 30 mil citações por diversos pesquisadores em todo o planeta.
Mas nossas histórias de vida não cabem no currículo. E sabemos das lutas diárias que vivemos, no combate ao preconceito que se reflete na desigualdade de oportunidades de gênero, inclusive pela maternidade, mas não só. Queremos ajudar a combater qualquer discriminação na ciência e acolher mulheres. Precisamos falar sobre esse tema de forma a fomentar políticas públicas e uma cultura efetiva de combate às desigualdades.
Sabemos que nós pesquisamos uma doença que também nos aflige. E que nem todas temos acesso de forma justa a cuidados ou tratamentos oncológicos. A estimativa é que 244 mil novos casos de câncer, por ano, nos afetem no Brasil até 2025. E isso sem contar os casos de câncer de pele não melanoma.
Então, apresento aqui a lista das mulheres pesquisadoras do Programa de Oncobiologia, no trabalho diário por cuidados mais eficazes e compatíveis com a nossa sociedade. Clicando sobre o nome de cada uma delas você poderá conhecer um pouco mais sobre as pesquisas realizadas.
Por fim, desejo a todas, não só achados e resultados, melhores cuidados ou mais acesso. Desejo também a realização do que sonhamos para nós enquanto profissionais, estudantes, mães e cidadãs. Que o 8 de março seja por essa luta.
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