Tumor progression, phenotypic plasticity, and tumor dormancy
- Felipe Siston
- 29 de out.
- 2 min de leitura
Atualizado: há 3 dias

Palestrante do XIX Simpósio de Ocnobiologia: Miriam Galvonas Jasiulionis
Filiação: UNIFESP, São Paulo
Por Dra. Bárbara Du Rocher (FIOCRUZ, Oncobio Experts e Populariza a Ciência do Câncer)
Na nossa primeira palestra plena do Simpósio de Oncobiologia da UFRJ, edição 2025, a Dra. Profa. Miriam Galvonas Jasiulionis da UNIFESP-SP falou sobre modelos experimentais desenvolvido por ela e por seu grupo para o estudo da progressão tumoral, plasticidade e dormência no melanoma. Segundo ela, como o melanoma carece de modelos experimentais murinos que abordem estas características, o desenvolvimento destes modelos torna-se de extrema relevância para a compreensão deste tipo de câncer.
Estes modelos foram desenvolvidos após sucessivas passagens de melacócitos melan-a em cultura onde a adesão das células às placas foi intencionalmente inibida em algumas passagens. Ao final, o grupo obteve 4 linhagens:
1. Melanócitos não tumorigênicos (melan-a),
2. Melanócitos pré-malignos (4C),
3. Melanoma de baixo potencial proliferativo (4C11-) e
4. Melanoma de alto potencial proliferativo (4C11+) que representam, nesta ordem, diferentes estágios de progressão do melanoma murino.
Além disso, o grupo validou estes resultados em uma coorte de pacientes com melanoma, mostrando um paralelo com a doença em humanos. Dentre as diversas moléculas diferencialmente expressas por estas linhagens, identificadas por técnicas ômicas, a Dra. Miriam. ressaltou o Dlx40s, um RNA longo não codificante que se mostrou envolvido na transformação maligna e na plasticidade fenotípica. Estudos adicionais estão em curso para avaliar o quanto esta molécula pode ser um alvo terapêutico para terapias baseadas em RNA.
Segundo a Dra. Miriam, uma curiosidade sobre o desenvolvimento destes modelos, com início no seu pós doutorado, é que na época ninguém acreditava neles. Isso porque a maioria das alterações genéticas encontradas no melanoma humano (como BRAF, NRAS e Rac1) não estavam alteradas nos seus modelos, apesar das vias estarem alteradas, em parte em decorrência de alterações epigenéticas. Segundo a Dra., o trabalho só foi para frente pois ela foi muito teimosa e, atualmente, o modelo é muito bem aceito. Bacana demais ver como a persistência é algo importante na nossa carreira, especialmente quando as descobertas desafiam o status quo, indo contra os paradigmas vigentes!
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