Leucemias agudas e câncer cervical estiveram no foco da edição julina dos Seminários de Oncobiologia, que aconteceu no dia 09 de julho, no Auditório Marcos Moraes, no Centro de Ciências da Saúde da UFRJ, na Ilha do Fundão.
A primeira palestrante foi a doutora Mariana Emerenciano, da Divisão de Pesquisa Clínica e Desenvolvimento Tecnológico do Instituto Nacional de Câncer (INCA), cujo grupo de pesquisa foi recentemente credenciado no Programa de Oncobiologia. Mariana apresentou pesquisas em curso sobre biomarcadores genéticos em leucemias agudas, que permitem diagnosticar com maior precisão os subtipos de leucemia dos pacientes, permitindo a prescrição de tratamentos mais adequados. Uma das linhas de pesquisa investiga células de pacientes com rearranjo de MLL, um subtipo de leucemia agressivo, com subnotificação de pacientes, e que afeta crianças de até dois anos de idade e que carece de opções terapêuticas. Outra pesquisa apresentada, que está em estágio inicial, investiga a superexpressão do gene FLT3 nas leucemias agudas, trabalho que está utilizando a bioinformática para caracterizar as linhagens celulares.
O segundo palestrante foi o doutor Vitor Hugo de Almeida, do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IBqM) da UFRJ, que falou sobre a interação da via oncogênica do EGFR com proteínas da coagulação sanguínea no câncer cervical, tema da sua tese de doutorado, defendida em 2018. A pesquisa utilizou células de câncer cervical e o banco de dados do The Cancer Genome Atlas para avaliar o papel das proteínas EGFR, TF e PAR2 na resistência à quimioterapia por cisplatina. O objetivo é investigar uma terapia combinada, que possa atuar impedindo a ação de quimioresistência nas células do câncer cervical, e potencializando a ação da cisplatina.
Por Rosa Maria Mattos, jornalista de Ciência, responsável pelo Núcleo de Divulgação do Programa de Oncobiologia.
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