A conscientização da população sobre a vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV) é o mote da nova campanha da Fundação do Câncer, em conjunto com um grupo especial de parceiros.
Fruto de uma parceria com a TV Globo e estrelada pela atriz e cantora Isabel Fillardis, a campanha conscientiza sobre a importância da vacina contra o HPV, que pode causar o câncer do colo do útero e outros tipos de tumores.
O vídeo, idealizado pela SB Comunicação, já estar no ar e pode ser assistido ao longo na programação da TV aberta e seus canais pagos.
Na novela da vida, a prevenção é a grande estrela!
O conceito da nova campanha destaca o papel principal da prevenção contra o câncer do colo do útero: a vacinação de meninos e meninas de 9 a 14 anos e a realização do exame preventivo ginecológico.
Pensando em levar a mensagem para ainda mais pessoas, a Fundação apostou, também, na mídia out-of-home (OOH), firmando parceria com a OnBus, principal plataforma de comunicação com as pessoas que utilizam transporte público.
Além disso, a Fundação do Câncer e a Ecoponte, concessionária que administra a Ponte Rio-Niterói, também se uniram para exibir a mensagem da campanha nos painéis de LED distribuídos no pedágio. A intenção é impactar cerca de 150 mil veículos que transitam diariamente pela via.
Baixa adesão à vacina devido à desinformação
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem como meta eliminar o câncer do colo do útero até 2030, por meio do chamado global para erradicação da doença.
Um levantamento feito pela Fundação do Câncer, em 2022, mostrou que o principal motivo da baixa adesão à vacina é a desinformação.
“Esse comercial surgiu da necessidade de alertarmos os responsáveis para que levem seus filhos para se vacinar contra o HPV. A cobertura vacinal para esse vírus ficou abaixo do preconizado pela Organização Mundial de Saúde, que é de 90% das meninas e meninos imunizados até os 15 anos. Esse declínio nos motivou a fazer essa campanha para reforçar as recomendações do Ministério da Saúde e da OMS”, esclarece Luiz Augusto Maltoni, diretor executivo da Fundação do Câncer.
Câncer do Colo do Útero
O que é?
Também conhecido como cervical, o câncer de colo do útero é originado da infecção genital persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV), transmitido em relações sexuais sem proteção. Na maioria das vezes, a infecção pelo HPV não causa câncer. Em alguns casos, no entanto, podem ocorrer alterações celulares que acabam desencadeando a doença ao longo de décadas
Quais são os sintomas?
A doença pode se desenvolver sem sintomas em sua fase inicial. Em quadros mais avançados, pode ocorrer sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.
Quais são os riscos e possibilidade de prevenção?
Em 2014, a rede de saúde pública (SUS) passou a disponibilizar vacina contra HPV para meninas de 11 a 13 anos. A partir de 2017, a vacina passou a ser disponibilizada para para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos pelo Ministério da Saúde.
O vírus é responsável por 95% dos casos de câncer de colo do útero no Brasil. A vacina previne contra quatro tipos do HPV (6, 11, 16 e 18) e deve ser aplicada em três doses (a segunda seis meses após a primeira, e a terceira, cinco anos mais tarde). Os tipos 16 e 18 respondem por 70% dos casos da doença. A partir de 2015, começou também a ser oferecida para meninas de 9 a 11 anos.
A vacina também pode ser adquirida por jovens de outras idades e adultas em clínicas particulares. A vantagem máxima da imunização é conferida à população feminina que não teve atividade sexual. A adoção das vacinas anti-HPV não substitui o rastreamento pelo exame preventivo na fase adulta nem o uso da camisinha.
O início precoce da atividade sexual e a variedade de parceiros são alguns dos principais fatores de risco, já que a infecção pelo HPV é a principal causa para o aparecimento desse tipo de tumor. Deve-se evitar também o tabagismo e o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais. O uso de camisinha protege parcialmente o contágio, que também pode ocorrer através do contato com a pele da vulva, regiões perineal, (situada entre a vulva e o ânus na mulher, e entre o escroto e o ânus no homem), perianal (em volta do ânus) e bolsa escrotal.
Como é feito o diagnóstico?
As lesões que antecedem o aparecimento do câncer de colo do útero, chamadas de precursoras, podem ser detectadas através do exame preventivo (Papanicolau). Esta fase inicial da doença é assintomática e as chances de cura são de 100%. Toda mulher que tem ou já teve vida sexual e com idade entre 25 e 64 anos deve fazer o exame de Papanicolau. Os dois primeiros devem ser realizados anualmente. Caso os resultados sejam negativos, os demais podem ser feitos a cada três anos se os resultados estiverem normais. O exame de Papanicolau pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública e sua realização periódica permite reduzir a mortalidade pela doença. Ele é indolor, simples e rápido.
Como é feito o exame?
• Para a coleta do material, é introduzido um instrumento chamado espéculo na vagina (conhecido popularmente como “bico de pato”, devido ao seu formato). • O profissional faz a inspeção visual do interior da vagina e do colo do útero. • Na sequência, o profissional retira o material necessário para o exame na superfície externa e interna do colo do útero com uma espátula de madeira e uma escovinha. • As células colhidas são colocadas numa lâmina para análise em laboratório especializado em citopatologia.
Como é feito o tratamento?
Os tratamentos mais comuns são a cirurgia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estado da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de ter filhos.
Fontes: consultores médicos da Fundação do Câncer e Instituto Nacional de Câncer (Inca). As informações apresentadas não substituem a orientação e avaliação personalizada do profissional de saúde de sua confiança – médico ou dentista.
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