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Cinco pesquisas para frear o avanço das Leucemias no Brasil

Cientistas credenciados pelo Programa de Oncobiologia desenvolvem pesquisas para combater as leucemias a partir de três institutos de ponta no Rio de Janeiro. Com abordagens moleculares, eles estão em busca de diagnósticos mais rápidos, desenvolvimento de novos fármacos e protocolos de tratamento inovadores para crianças e adolescentes. Conheça as pesquisas.




Quase 12 mil novos casos por ano até 2025


As leucemias são um tipo de câncer que começa com a produção anormal de células sanguíneas na medula óssea, um tecido macio encontrado no interior dos ossos. Existem vários tipos de leucemias, diferenciadas pela rapidez com que a doença progride ou o tipo de célula afetada.


Os números estimados para as leucemias no Brasil para este ano são de 11.540 novos casos, de acordo com os dados do governo federal sobre a população brasileira. O mês de fevereiro concentra os esforços das campanhas para conscientização e combate desta doença.


Conheça então um breve resumo das pesquisas lideradas por quatro cientistas credenciados no Programa de Oncobiologia e que buscam frear o avanço das leucemias no país.


Elaine Sobral Da Costa - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)


O câncer é a primeira causa de morte por doença em crianças acima de 5 anos no Brasil. No entanto, os métodos de diagnóstico atualmente preconizados têm um tempo de processamento médio de 15 dias (variando de 7 a 30 dias), que para estes casos é um tempo longo. Para superar esta dificuldade, a doutora Elaine vem trabalhando no desenvolvimento de uma técnica de diagnóstico rápido, realizada em poucas horas, capaz de dar o diagnóstico inicial no mesmo dia que o tumor foi operado. Entre os objetivos da pesquisa está detectar células tumorais circulando no sangue, como desenvolvimento de um possível método diagnóstico não invasivo, que possa ajudar em casos onde a cirurgia é muito arriscada. 


O nome técnico do projeto é: Novas Abordagens para o Diagnóstico Rápido de Câncer Pediátrico, Follow Up e Avaliação do Infiltrado Imune Tumoral.


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Mariana Emerenciano Cavalcanti de Sá - Instituto Nacional do Câncer (INCA)


A doutora Mariana atua sobre a Leucemia Linfoide Aguda, que afeta as células do sangue e da medula óssea. Este é o câncer mais comum em crianças. Os câncer pediátricos, apesar de raros, correspondem a cerca de 2.600 óbitos por ano. O principal objetivo do projeto é descrever as alterações genéticas presentes em crianças e adolescentes tratados pelo novo protocolo brasileiro para tratamento da LLA. Isso permitirá traçar estratégias de tratamento mais adequadas a cada paciente. 


O nome técnico do projeto é: Genomas de Crianças e Adolescentes Diagnosticados com Leucemia Linfoblástica Aguda e Tratados no Sistema Único de Saúde do Brasil.


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Aurea Echevarria - Instituto de Ciências Exatas, Departamento de Química

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) 


A doutora Aurea tem o seu projeto inserido em temática importante da busca de novos fármacos para o tratamento do câncer, em especial as leucemias e outras doenças a elas vinculadas como as infecções virais por HTLV-1, que representam um problema de saúde pública no país e no estado do Rio de Janeiro. Utilizando técnicas modernas, ecologicamente mais corretas, no âmbito da Química Verde,  os compostos obtidos serão avaliados, in vitro, frente a células de leucemias T humanas, C91 e MT2, infectadas com o vírus HTLV-1. 


O nome do técnico do projeto é: Síntese e Avaliação do Efeito Anticâncer e Antiviral de Híbridos Chalconas Tiossemicarbazonas e seus Complexos Metálicos.


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Renata Binato Gomes - Instituto Nacional de Câncer (INCA)


Entre outros objetivos, o estudo liderado pela doutora Renata pretende analisar a relação entre células jovens com intensa atividade metabólica e envolvidas na formação de tecido ósseo, os chamados osteoblastos, com o processo de progressão da Leucemia Mieloide Aguda. Tudo isso no contexto do microambiente da medula óssea usando técnicas de análise molecular. 


O nome técnico da pesquisa é: Estudo do Papel dos Osteoblastos nas Células Tronco Hematopoiéticas na Leucemia Mieloide Aguda.

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Marcelo Geradin Poirot Land - Instituto de Pediatria e Puericultura Martagão Gesteira - IPPMG/UFRJ


O grupo do doutor Marcelo busca ampliar as condições de identificar quais alterações epigenéticas do DNA podem estar envolvidas no desenvolvimento da doença, além de tentar identificar possíveis moléculas responsáveis por causar mudanças no perfil de metilação do DNA na LMA. 


O nome técnico do projeto é: Estudo das Alterações do Perfil de Metilação do Genoma da Leucemia Mieloide Aguda da Infância.

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