MARIANA LIMA BORONI MARTINS
Cv lattes: http://lattes.cnpq.br/2407012834433865
e-mail: mariana.boroni@inca.gov.br / marianaboroni@gmail.com
Laboratório de Bioinformática e Biologia Computacional
Instituto Nacional do Câncer (INCA)
Projeto
CARACTERIZAÇÃO EM RESOLUÇÃO CELULAR E ESPACIAL DE SUBPOPULAÇÕES DE MACRÓFAGOS ASSOCIADAS AO MICROAMBIENTE TUMORAL DE CÂNCER DE OVÁRIO E SEU IMPACTO NO DESFECHO CLÍNICO E RESISTÊNCIA ÀS TERAPIAS
Resumo de divulgação científica
O câncer de ovário é a neoplasia mais letal entre as mulheres, com uma taxa de sobrevivência de cinco anos inferior a 25%, sendo o tipo seroso de alto grau (HGSOC) o mais incidente. Sua alta mortalidade ocorre principalmente porque cerca de 70% das pacientes são diagnosticadas em estágios avançados, apresentando tumores com baixa resposta terapêutica. Estudos indicam que a resistência a terapias pode estar associada à heterogeneidade do microambiente tumoral (TEM) e ao aumento de células mielóides no TME, principalmente macrófagos (Mø) associados aos tumores (TAMs). Os Mø são as células do sistema imune inato mais abundantes no TME, e dependendo de seu estado de polarização podem tanto favorecer uma resposta imune pró- ou anti-tumoral. Devido à alta plasticidade funcional e fenotípica dos Mø, os marcadores específicos das poucas subpopulação descritas na literatura são ambíguos, sendo possível observar a correlação de assinaturas distintas com perfis semelhantes de Mø. Além disso, a identificação fenotípica e funcional desses perfis moleculares de TAMs são pouco explorados, embora sejam de grande interesse, uma vez que esse conhecimento pode ajudar na descoberta de novas intervenções para o câncer. Em análises recentes de nosso grupo, ainda não publicados, a partir de dados públicos de scRNA-Seq oriundos de 7 tipos tumorais, identificamos 13 subpopulações de Mø residentes e infiltrantes, que podem nos ajudar a associá-las com o desfecho clínico e prognóstico das pacientes com câncer de ovário. Nesse sentido, no presente projeto, pretendemos caracterizar estas subpopulações no TME de HGSOC em diferentes estadiamentos, de pacientes respondedores ou não respondedores às terapias, através de análises de scRNA-Seq e transcriptômica espacial, com um enfoque na caracterização de subpopulações de Mø. Em seguida iremos avaliar o impacto da presença desses tipos celulares no desfecho clínico dos pacientes e evidenciar possíveis fontes de resistência às terapias.
Equipe
Cristiane Esteves Teixeira – Pós Graduação
Cristóvão Antunes de Lanna – Pós Doutorando
Gabriela Rapozo Guimarães – Pós Graduação
Leandro de Oliveira Santos - Pós Doutorando
Nayara Evelin de Toledo – Pós Doutoranda
Nayara Tessarollo Gusmão - Pós Doutoranda
Nicole de Miranda Scherer – Tecnologista